De startup valiosa à falência. O que aconteceu com a WeWork?
Fruto da euforia do capital de risco em Wall Street, a WeWork foi de uma das startups mais valiosas do mundo, com valuation de US$ 47 bilhões, à falência.
Além de problemas de gestão que levaram ao afastamento do seu polêmico fundador, Adam Neumann, a crise histórica no mercado de escritórios a reboque da pandemia e os juros altos ajudaram a desmantelar a promessa de um império do setor imobiliário global e que chegou a ser a maior locatária de Manhattan.
Depois de muita especulação em torno da sua condição financeira e até da venda do negócio, a WeWork recorreu a um pedido de proteção na corte de New Jersey, o chamado ‘capítulo 11’, equivalente à recuperação judicial no Brasil, na noite da segunda-feira, dia 06. A empresa, com sede em Nova York, reportou à Justiça americana um total de US$ 18,6 bilhões em dívidas contra US$ 15 bilhões em ativos.
A WeWork contava com 777 espaços distribuídos em 39 países ao fim de junho último.
Com o pedido de recuperação judicial nos EUA, a empresa pretende solicitar também o reconhecimento do processo no Canadá. Apesar disso, afirmou que os franqueados em todo o mundo não serão impactados.